terça-feira, dezembro 05, 2006

anti-gente



nem podia dizer bom dia
já se ouriçava o enxame
e nunca trocavam de pilha
faziam cartaz do meu nome


invadiam as minhas casas
agrediam meus guarda-costas
leiloavam as minhas pegadas
a fã número um era minha sogra


cara feia fazia bonito
não viam em mim a menor falha
mijavam com o meu pinto
só tinha um jeito de me livrar da canalha


quem me visse agora sentiria saudade
fiz maravilhas com o facão

uma perna que desce e não tem pé na extremidade
um braço que não termina na mão




Marcos Prado, Sérgio Viralobos, Trindade

2 comentários:

Roberto Prado disse...

Atenção:
no quarto verso o certo é "faziam" e não "fariam".

E tem uma outra correção, feita pelo Trindade em pessoa:

lá no final, diferente do que saiu publicado na página 27 do Ultralyrics, é "uma perna que desce e não tem pé na extremidade".

Vamos, aos poucos, fazendo a sintonia fina e chegando aos finalmentes dos textos.

Beijos.

Zoe de Camaris disse...

Valeu, Beco.´
O Saci do Trin, claro.