BIOGRAFIA


Marcos Prado de Oliveira (Curitiba, 15 de Dezembro de 1961 – 31 de Dezembro de 1996) foi um poeta, músico, ator, jornalista e agitador cultural brasileiro.

Personalidade extremamente vigorosa e carismática, que à sua volta agregou um time excepcional de criadores. Dono de uma extensa cultura artística em geral que com seus parceiros compartilhava, dedicava-se com paixão ao trabalho de recuperação da cultura popular brasileira, especialmente a música dos anos 30 e 40.
Desde 1978 divulgou sua poesia dentro dos mais variados formatos, unindo a força expressiva de sua dicção com música, artes plásticas, teatro, cinema e, especialmente, uma presença pessoal que fazia de suas aparições públicas verdadeiros happenings.
Em 1996 foi publicado na Coleção Catatau (co-edição da Fundação Cultural de Curitiba e Editora Iluminuras) O Livro de Poemas de Marcos Prado, uma reunião de material do Livro dos Contrários e de outros trabalhos do autor.
Em 1998 teve diversos poemas traduzidos para o inglês por Charles A. Perrone, Frederick G. Willians, Clelia F. Donavan e Lígia Vieira Cesar, publicados no livro Outras Praias/Other Shores, organização de Ricardo Corona.
No ano 2000, através do Perhappiness (evento realizado em memória de Paulo Leminski, amigo de Marcos Prado), a cidade de Curitiba lhe prestou homenagem. Seus poemas apareceram em cartazes, exposições, folhetos, outdoors, recitais, peças de teatro, trabalhos com escolares da rede pública, vinhetas em rádio e televisão, pintados em paredes no centro da cidade e em cartazes nos ônibus da capital.
Em 2006 a Travessa dos Editores publicou Ultralyrics, uma boa amostra de sua obra, organizada por Felipe Hisrch e com textos complementares de Roberto Prado, Mário Bortolotto, Luiz Antonio Solda e do próprio Felipe. Esta mesma edição tem encartado o CD “Aquelas Canções do Marcos Prado”, com 25 composições suas.
Participou das coletâneas: Sala 17 (1978), Reis Magros (1979), Sangra:Cio (1980), Feiticeiro Inventor (Editora Criar - SP, 1985), Outras Praias/Other Shores- 13 Poetas Emergentes (edição bilíngue, org. Ricardo Corona, Iluminuras, 1997). Da parceria com Thadeu Wojciechowscki, Roberto Prado, Sérgio Viralobos, Edilson Del Grossi, Edson de Vulcanis, Márcio Cobaia Goedert e a Lagarto Editores, nasceram os livros: Dois Mais Dois São Três Em Um, Pérolas Aos Poukos, Erdeiros do Azar, Eu, Aliás, Nós, Paraguayos do Universo, Passei Minha Mão Na Cara e Três Quadrúpedes Bípedes; e as traduções: O Corvo, de Edgar Allan Poe (1.ª edição, Curitiba, 1985 e 2.ª edição, São Paulo, Ed. Expressão, 1987) e Os Catalépticos (Lagarto Editores, 1991), com “transCriações” sobre Dante Alighieri, Shakespeare, Camões, Yeats, Poe, Baudelaire, Rimbaud e Mickiewicz.
Entre 1990 e 2005, teve muitas de suas composições gravadas pelo grupos Beijo AA Força e Maxixe Machine. Também tem sido gravado – desde o final dos anos 70 - por nomes como: Beto Trindade, Lábia Pop, Tatára, Bernardo Pellegrini, Osvaldo Rios, Walmor Góes, Adriano Sátiro, Sidail César, Zé do Belo. Seu nome é presença certa nas coletâneas: Vampiros de Curitiba (1990), Cemitério de Elefantes (1990) e “1” (1994).
Exerceu papel fundamental na consolidação da cena Psychobilly curitibana, pois vários de seus trabalhos foram gravados por bandas como Os Missionários, Os Cervejas e Ovos Presley, que musicou o poema “Tristes Homens Azuis”. Em 1997, o livro Os Catalépticos inspirou a criação de uma banda homônima formada por integrantes d’Os Missionários e d’Os Cervejas.
Em 29 de julho de 2011 estreia o filme “Ultralyrics”, um documentário sobre a vida e a obra do poeta, dirigido por Rafael Lopes. Esse documentário resgata a memória desse importante personagem da literatura paranaense.
Em companhia de seu irmão, o também poeta, compositor, jornalista e publicitário Roberto Prado de Oliveira, atuou em várias peças teatrais, shows musicais, recitais e escreveram diversas músicas e livros. Como jornalista, colaborou com diversos publicações impressas. No jornal Folha do Paraná, publicou muitos de seus contos e crônicas. Durante algum tempo, morou entre São Paulo e Rio de Janeiro. Tinha 6 irmãos e deixou uma filha, Araiê Prado Berger de Oliveira.